Esse artigo objetiva explicar por meio das escrituras qual serua o sentido da expressão ‘abominação desoladora’ (Daniel 9:26, 11:31 e 12:11) a partir de uma intertextualidade com o sermão escatológico de Jesus (Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21). Em seguida, passaremos a identificar qual seria o evento histórico que contém as características da abominação desoladora destinada a durar 1290 e 1335 anos (Daniel 12:11-12).
1. O que é abominação desoladora?
Em Daniel 11:31 há a referência enigmática da abominação assoladora: “Dele sairão forças que profanarão o santuário, a fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício diário, estabelecendo a abominação desoladora”. Para compreendermos a expressão ‘abominação desoladora’, aplicaremos, primeiramente, a interpretação autorizada pela própria Escritura, conforme consta nos três evangelhos sinóticos:
Mt. 24:15 | Mc. 13:14 | Lc. 21:20-24 |
Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda) | Quando, pois, virdes o abominável da desolação situado onde não deve estar (quem lê entenda) então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; | Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a sua devastação. |
Ao passo que os evangelistas Mateus e Marcos referem-se “ao abominável da desolação de que falou o profeta Daniel”, o evangelho de Lucas, possivelmente por ser destinado aos gentios (Lc. 1:3), substitui essa expressão pelo seu sentido real: “quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos”.
Ora, em Daniel 11:31 há menção de que o templo seria profanado e não teria mais o sacrifício diário. Diante disso, podemos inferir que, se o templo haveria de ser alvo de ataque, então a própria cidade de Jerusalém também seria sitiada. Ademais, a ideia de que ambos, a cidade e o santuário, seriam sitiados também aparece em Daniel 9:26 e no verso seguinte igualmente aparece a expressão abominação desoladora (שִׁקּוּצִים֙ מְשֹׁמֵ֔ם) – flexionada no plural.
Essas seriam, portanto, as prováveis passagens das Escrituras em que São Lucas se embasou para relacionar a abominação desoladora a um evento de destruição do templo e de Jerusalém. No entanto, a solução do evangelista nos traz também um enigma. Se a abominação desoladora se cumpriu em 70 EC, quando houve a invasão romana e a destruição do Segundo Templo, ao mesmo tempo temos evidências de que ela, na verdade, não se cumpriu, pois ainda há detalhes no discurso profético de Jesus a serem contemplados. Enquanto está narrando a futura queda de Jerusalém, Ele afirma que “aqueles dias serão de tamanha tribulação como nunca houve desde o princípio do mundo, que Deus criou, até agora e nunca jamais haverá” (Mc. 13:19). Ora, mesmo considerando que os judeus tenham sofrido enormemente durante o massacre dos romanos, não podemos dizer que esse foi o pior sofrimento desde que a terra foi criada. Por exemplo, a política de extermínio do nazismo, que perseguiu os judeus nos moldes da produção fabril, pode ser entendida como ainda mais traumática. Além do mais, em Mateus 24:29 Jesus disse que “logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem”. Ora, tais sinais nos céus igualmente não se tornaram realidade após a destruição de Jerusalém.
Diante disso, podemos seguramente afirmar que no sermão de Jesus a abominação desoladora descreve dois eventos, mas que são contados como se fossem apenas um por terem a mesma natureza – um é espelho do outro:
Eventos do sermão de Mateus 24 | Descrição bíblica | Cumprimento histórico |
Evento 1 | Jerusalém cercada por um exército (Lc. 21:20) ou abominação desoladora (Mat.24:15) | Invasão romana em 70 EC |
Evento 2 | Período de maior tribulação da história seguido da vinda do Filho do Homem. Igualmente uma abominação desoladora. | Ainda não se cumpriu |
Se, de um lado, a abominação desoladora está relacionada à invasão romana em Jerusalém quando do ‘evento 1’, de outro, o ‘evento 2’ está claramente conectado a profecias escatológicas, mas é narrada por Jesus como sendo parte da abominação desoladora e associada como um presságio da sua segunda vinda (Mat. 24:15-30). Doravante veremos como eles estão inter-relacionados.
O evento 1 têm como característica principal o flagelo da guerra ou horror. Certamente isso se deve ao termo ‘desoladora’ (שָׁמֵם). Tal palavra é definida como ‘estar aterrorizado, atordoar, estupefazer[1]. Já ‘abominação’ (שִׁקּוּץ) está relacionada a ídolo ou coisa detestável[2], adquirindo conotações claramente religiosas. Quando consideradas em conjunto, portanto, podemos entender que הַשִּׁקּ֥וּץ מְשׁוֹמֵֽם (Dan. 11:31) possivelmente alude a um tipo de evento que contenha uma natureza de cunho religioso, mas que se apresenta de forma aterrorizante ou violenta. Não é de se espantar, portanto, que a invasão romana em 70 EC tenha recebido essa alcunha, pois, além de provocar uma desolação, os romanos lutavam em nome de seus deuses (abominações). Nesse sentido, o imperador Adriano erigiu um templo pagão sobre o local do Segundo Templo como consequência da malfadada revolta de Bar-Kochba pouco de mais cinquenta anos depois da destruição do santuário.
Nessa mesma esteira, quando observamos as descrições da grande tribulação (evento II) em Mateus 24:21-23, percebemos, igualmente, que, além da desolação, ou seja, do massacre previsto contra os santos, haverá também a abominação, a exemplo de muitos que virão afirmando ser o Cristo (Mt. 24:23). A ideia de uma futura abominação desoladora aparece também em Apocalipse 13, no episódio em que a segunda besta obriga todos adorarem a primeira besta (Ap. 13:15) em conjunto com a perseguicao sanguinária (Ap.13:7).
Diante disso, podemos concluir que os eventos 1 e 2 são espelhos um do outro: destruição de Jerusalém e do templo e a grande tribulação. Ambos têm as mesmas características de ‘abominação’ e ‘desolação’, o que os torna espelhos um do outro, ou seja, são eventos conexos por terem a mesma natureza (cf. artigo Daniel 11: uma solução proposta pela linguística textual – Parte II).
Outra chave para localizar os dois eventos é por meio do tempo determinado:
“Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão. Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai”. (Mc. 13:30-32)
Nessa passagem Jesus elucida que a destruição de Jerusalem ocorreria dentro da sua própria geração, cerca de 40 anos após a profecia, ao passo que a sua vinda, completamente ligada ao evento da grande tribulação, ninguém sabe o dia nem a hora.
O ponto crucial é que a abominação desoladora, embora interpretada por São Lucas como ‘Jerusalém cercada por um exército’, não se limitou, no discurso de Jesus, à destruição do templo, mas se expandiu para a perseguição final sofrida pelos seus seguidores. Isso significa que a expressão abominação desoladora está associada mais a uma categoria de evento caracterizada por uma enorme destruição com um viés relogioso aterrorizador.
E essa será a hipótese seguida defendida neste artigo: a abominação desoladora é a alcunha atribuída no livro de Daniel a um tipo de evento associada a uma prática religiosa abominável marcada por perseguição e/ou destruição, ou seja, literalmente uma ‘abominação que se manifesta desolando’.
2 Identificação da abominação desoladora de Daniel 12:11
Em Daniel 12:11 consta a menção a uma abominação desoladora que deveria durar por um tempo determinado de 1.290 dias. Contudo, a palavra yowm, traduzida como ‘dia’, pode significar também ‘anos’[3] – entendimento seguido por consenso pelos comentadores rabínicos, a exemplo de Saadia Gaon[4] e Rashi[5]. Do que se trata essa abominação desoladora?
A referência mais próxima está em Dan.11:31. No entanto, notamos que os versos seguintes (Dn. 11:32-35) não parecem descrever esse evento, e somente a partir de Daniel 11:36 passamos a ter duas expressões que nos sinalizam uma conexão com a abominação desoladora:
“Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos deuses falará coisas incríveis e será próspero, até que se cumpra a indignação; porque aquilo que está determinado será feito” (grifos nossos) (Dn. 11:36).
Depreendemos de Daniel 11:36 que o rei em questão não agirá indefinidamente, mas terá sua ação limitada por um tempo determinado, “até que se cumpra a indignação”. Não apenas isso: o próprio teor das suas ações também estaria sujeito a um desígnio específico, pois o rei de Daniel 11:36 haveria de fazer “aquilo que está determinado”. Em resumo, temos em Daniel 11:36 tempo e ações previamente determinadas: uma ação específica que haveria de se concretizar dentro de um tempo estabelecido.
Que ação e tempo seriam esses? Ora, ao procurarmos no livro de Daniel essa informação, podemos encontrá-la em Daniel 12:11: “Depois do tempo em que o sacrifício diário for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá ainda mil duzentos e noventa dias (Dn. 12:11). Nessa passagem, temos duas ações determinadas: primeiro haveria a retirada do sacrifício diário e, depois disso, a instalação da abominação desoladora, sendo que após esse último evento haveria uma contagem de 1.290 dias (anos), sinalizando que, a abominação desoladora haveria de durar 1.290 anos[6].
Vejamos, contudo, como ficariam as duas passagens de Daniel 11:36 e 12:11, quando consideradas em conjunto: o rei de Daniel 11:36 haveria de fazer o que está ‘determinado’ (pôr a abominação desoladora no mundo) e agirá ‘até que se cumpra a ira’ (por 1.290 anos). Como será demonstrado no tópico seguinte, todas as profecias mencionadas de Dan.11:36-45 detalham o evento da abominacao desoladora, que haveria de durar 1.290 anos.
Trocando em miúdos: qual seria, então o fato histórico mencionado em Daniel 11:36? Ab initio, a maneira que utilizei para descobrir foi simplesmente identificar algum evento histórico que tenha durado 1.290 anos e que se relacionasse a alguma das evidências elencadas nos versos seguintes, os quais parecem descrever detalhadamente o evento:
“Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos deuses falará coisas incríveis e será próspero, até que se cumpra a indignação; porque aquilo que está determinado será feito [este rei] não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao desejo de mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre tudo se engrandecerá. Mas, em lugar dos deuses, honrará o deus das fortalezas; a um deus que seus pais não conheceram”. (grifo nosso) (Dn. 11:37-38)
Esse trecho trata de um rei que se engrandece sobre todo deus, não terá respeito aos deuses de seus pais e diz coisas incríveis acerca de Deus. Em outras palavras, esse rei rejeita a religião politeísta de seus próprios pais (ou antepassados), bem como o monoteísmo judaico ou cristão. Contudo, isso não implica que ele seja ateu, pois segue um único deus, chamado de ‘deus das fortalezas’ (flexionado no singular), o qual era até então desconhecido. E ainda mais: aparentemente esse rei, ao combater em nome de um deus desconhecido, parece ter dado azo ao início de uma nova religião ou credo, haja vista que o texto de Daniel 11:37-38 menciona que esse deus não era conhecido pela geração anterior, ‘um deus que seus pais não conheceram’.
Diante de todas essas evidências, a primeira coisa que pensei foi no islamismo e na ascensão de Muhamad. No entanto, teríamos, a princípio, um problema. A profecia determinou que o período de atuação da abominação desoladora fosse de 1.290 anos e o islã existe há muito mais tempo que isso. Num segundo momento, contudo, ao estudar mais detidamente o evento narrado por Daniel, verifiquei que o evento não se resume apenas a uma abominação (falsa religião ou práticas execráveis). Lembremo-nos de que essa abominação tem que trazer consigo a espada da desolação. Retomemos ainda o discutido no tópico anterior: a palavra ‘desoladora’ está associada ao flagelo da guerra e do horror, ao passo que ‘abominação’ liga-se à prática idólatra ou simplesmente a algo abominável ou detestável, adquirindo conotações claramente religiosas. Quando consideradas em conjunto, portanto, não constituem nada mais que uma religião falsa ou prática abominável que se apresenta de forma violenta ou terrificante.
Pelo exposto, o islã só se encaixaria no evento da ‘abominação desoladora’ se, e somente se, houvesse comprovação histórica contundente de que promoveu desolações contínuas por exatos 1.290 anos. E não apenas isso: todas as passagens que parecem descrever o evento, Daniel 11:36 em diante, teriam que se cumprir de forma perfeitamente harmônica dentro desse período determinado.
Nesse sentido, a literatura especializada considera que a expansão islâmica deu-se no ano de 632 EC, ano em que o profeta Muhamad morreu. Daí em diante, ele foi substituído pelos califas (palavra árabe que significa ‘sucessor’), que se tornaram autoridades políticas e religiosas que guiavam a comunidade islâmica. A instituição do califado chegou ao seu fim, no sentido formal, em 1924, pela constituição da República da Turquia, mas, no sentido material, o califado chegou ao seu fim em 1o de novembro de 1922, quando o sultanato administrado pelo último sultão, Mehmed VI, foi extinto como resultado do fim do império Otomano após a sua derrota na I Guerra Mundial. A partir de 1922, portanto, não houve qualquer líder político, à frente de um império, que conduzisse os muçulmanos sob a bandeira do califado de forma que pudessem, em nome de toda a umma, proclamar guerra contra os infiéis. A desolação perdeu, portanto, seu líder ou, na linguagem de Daniel, o seu rei ou assolador. Em outras palavras, desde 1922 o islã tem subsistido apenas como uma abominação – sem poderes de desolar sob a liderança de um califa.
Ora, se calcularmos o intervalo entre a expansão islâmica em 632 EC e o fim do sultanato otomano em 1922, teremos exatamente 1.290 anos. Foi, portanto, durante esse período que Muhamad e os califas (assoladores) do islã (abominação) trouxeram o flagelo da guerra (desolação) para o mundo, primeiramente por meio dos árabes, seguidos dos turcos.
O entendimento ora esposado não é uma novidade na literatura. Malbim[7] associa o rei de Daniel 11:36 à figura do chifre pequeno de Daniel 7:8, que ele identificou como o papado, depois do tempo de Constantino, ou Muhamad, que suprimiu a idolatria e falou coisas espantosas em nome de Deus restaurando os fundamentos do monoteísmo ao mundo árabe[8]. Rambam (mais conhecido como Maimônides), apesar de seu comentário não aludir diretamente a Daniel 11:36, também considerava o chifre pequeno de Daniel 7:8 como uma referência à expansão árabe[9], e que Davi (Sl. 120:5-7), Isaías (Is. 21:7) e o chifre pequeno de Daniel 8:10 seriam alusão a Muhamad ou ao exílio sofrido dos judeus em terras árabes[10]. Uma crença conexa também foi propagada por Martinho Lutero, cujo principal interesse nos acontecimentos desenrolados no Oriente residia na crença, compartilhada por muitos de seus contemporâneos cristãos e por gregos ortodoxos antes da queda de Constantinopla, de que Mehmet II, o sultão otomano, seria o anticristo e de que o fim do mundo estava próximo[11].
A associação dos povos islâmicos a eventos escatológicos não é, portanto, novidade. No entanto, nossa missão é mostrar como o livro de Daniel narra a vida de Muhamad, a expansão islâmica, o califado e o seu fim no exato tempo determinado.
Contudo, os 1.290 anos ainda são apenas uma parte. Em Daniel 12:12 consta também outra contagem, mas dessa vez de 1.335 anos, a qual também começaria a sua contagem a partir da instalação da abominação desoladora: “Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias [anos]” (Dn. 12:12). Portanto, além dos 1.290 anos de Daniel 12:11, há também 1.335 anos que devem ser contados, ambos a partir de 632. Ora, se somarmos 1.335 anos começando de 632 chegaremos ao ano de 1967. O que aconteceu nesse ano? A guerra dos Seis Dias. Nessa guerra, o Egito, Síria, Jordânia e Iraque (apoiados por Kuwait, Líbia, OLP, Argélia, Sudão, Marrocos, Paquistão, Tunísia) – todos países majoritariamente islâmicos – fizeram uma aliança para invadir Israel. Seguindo os termos utilizados no livro de Daniel podemos afirmar que em 1967, novamente em nome da religião islâmica (abominação), várias nações se uniram com um só pensamento para trazer o flagelo da guerra (desolação), mas foram derrotadas. Teríamos, por assim dizer ‘duas quedas’ da abominação desoladora: a primeira em 1922 e a segunda em 1967. Contudo, apenas em 1967 há uma nota de alegria no texto: ‘bem-aventurado o que espera e chega…”. O que aconteceu na guerra dos Seis Dias que deveria ser celebrado? Certamente um dos motivos foi a retomada de Jerusalém, mas ainda há outros que fogem do escopo desse artigo.
Conclusão
Esse artigo foi apenas um resumo dos eventos históricos mencionados em Daniel 11:31,36-45 retratados como abominação desoladora em Dan.12:11,12. Evidentemente ainda há outras nuances no texto que exigiriam análise separada, como o sentido simbólico de rei do Norte e do Sul, o impacto dos 1335 anos na vida espiritual da Igreja e a conexão de Daniel 11 com as outras visões descritas no livro e a relação com o Apocalipse. Esses temas são abordados em artigos especificos do profecylearning, mas você pode igualmente conferir uma abordagem mais detalhada no livro Engrenagens do Fim: um estudo de Daniel.
[1] Referência H8074. In: BÍBLIA ALMEIDA REVISTA E ATUALIZADA, COM NÚMEROS DE STRONG. Sociedade Bíblica do Brasil, 2003.
[2] Referência H8251. In: BÍBLIA ALMEIDA REVISTA E ATUALIZADA, COM NÚMEROS DE STRONG. Sociedade Bíblica do Brasil, 2003.
[3] Referência H3117. In: BÍBLIA ALMEIDA REVISTA E ATUALIZADA, COM NÚMEROS DE STRONG. Sociedade Bíblica do Brasil, 2003.
[4] Saadia Gaon (892-942) was a great rabi, and exegete. Gaon was an honorary title.
[5] Rashi é o acróstico do Rabbi Shlomo Yitzhaki (1040-1105).
[6] O evento da retirada do sacrifício diário está fora do escopo deste artigo, mas está ligada à visão do bode peludo e do carneiro, descrita em Daniel 8.
[7] Malbim é o acróstico do Rabino Meir Leibush ben Yehiel Michal (1809-1879).
[8] THE LIVING NACH: a new translation based on traditional Jewish sources. New York: Moznaim, 1998, p. 696 (The Living Torah Series).
[9] MAIMÔNIDES. A Epístola do Iêmen. São Paulo: Maayanot, 1996, p.12.
[10] MAIMÔNIDES. A Epístola do Iêmen. São Paulo: Maayanot, 1996, p.46, 54.
[11] RUNCIMAN, Steven. The Great Church in Captivity: a study of the patriarchate of Constantinople from the eve of the Turkish conquest to the Greek war of independence. Great Britain: Cambridge University Press, 1985, p. 238.