Agora que já estudamos acerca do povo do ferro e do barro em suas três fases, já temos condições de avançar para o estudo da visão da besta retratada em Daniel 7. Nessa passagem, Daniel vê quatro animais tenebrosos, cada um representando um reino diferente: leão com asas, urso, onça com quadro cabeças e dois pares de asas, e uma besta. Tradicionalmente os estudiosos atribuem esses animais aos seguintes impérios: Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma. No entanto, o que poucos notam é que Daniel 7 é apenas um resumo de, pelo menos, três experiências que Daniel teve e que a besta foi vista, pelo menos duas vezes em momentos distintos de sua história. Isso é o que veremos nesse artigo.
1. Dois ciclos de visão da besta
A saga do povo do ferro descrita em Daniel 2:40-42 também nos é contada na visão da besta de Daniel 7:7-28, de onde também extraímos detalhes relevantes do curso histórico seguido pelo quarto reino. Levando isso em conta, faremos um estudo exegético de Daniel 7 com apoio dos comentadores rabínicos e focaremos em sua estrutura textual. A partir disso, seremos capazes de notar que a besta é descrita em fases diferentes, assim como sucedeu na visão de Nabucodonosor (canelas, pés e artelhos), dando-nos não apenas uma notável correspondência, como detalhes de diversos fatos históricos, os quais talvez jamais imaginássemos que fossem mencionados nas Escrituras.
O texto de abertura Daniel 7:1 informa-nos que Daniel teve um sonho e visões e que o relato dos versículos seguintes seria apenas a ‘suma de todas as coisas’, ou seja, um resumo dos fatos principais e não um relato detalhado, o que implica, segundo Saadia Gaon, que o sonho contém questões que não nos foram contadas[1]. Ao fazermos uma progressão textual catafórica, vemos que a expressão ‘sonho e visões’ (v.1) sinaliza-nos que o texto irá relatar, doravante, ‘sonho’ (singular) e ‘visões’ (plural). Em outras palavras, Daniel já criou uma expectativa de que o seu relato seria apenas um resumo de sonho e visões que ele teve em momentos diferentes. Assim, nesta seção teremos o objetivo de identificar, na síntese de Daniel, como se deu a divisão das visões que ele teve a partir de pistas dadas pelo próprio texto. Para ser mais claro: nosso objetivo é fazer uma ‘engenharia reversa’ para descobrirmos quantas visões ele realmente teve e qual seria essa ordem, de forma a podermos construir uma progressão linear e, assim, visualizar os marcos divisórios das três fases do quarto reino (cf. artigo O Reino do Ferro).
A primeira visão mencionada começa com a expressão ‘eu estava olhando’ (v. 2) até ‘depois disto’ (v.7), a qual, segundo Rashi[2] e Vayikra Rabbah 13:5, indica que o relato doravante faz parte de uma visão que Daniel teve em outro momento. Portanto, a primeira seção das visões – a partir de ‘eu estava olhando’ – engloba o surgimento do leão com asas de águia (v. 4), o urso (v. 5) e o leopardo com quatro asas e quatro cabeças (v. 6). Em seguida, temos a abertura da segunda seção das visões com a expressão ‘depois disto’ (v.7), em que nos é apresentada a besta, uma alusão ao quarto reino. Daniel relata-nos suas características (terrível, espantoso, sobremodo forte, com dez chifres), suas ações (devorava, fazia em pedaços e pisava o que sobejava), o evento da perda de três chifres para abrir espaço a um chifre pequeno, e conclui com o juízo de Deus sobre o quarto reino (Dn. 7:7-14).
Em seguida, Daniel deseja saber mais detalhes acerca da besta e nos dá uma descrição similar, mas com alguns pontos diferentes e dignos de nota: ela era muito terrível, com unhas de bronze, e o chifre pequeno era robusto (Dn. 7:19-20). Segue uma tabela com as diferenças:
Dn. 7:7-9 | Dn. 7:19-20 |
Terrível | Muito terrível |
– | Unhas de bronze |
chifre pequeno com boca e olhos | chifre pequeno com boca e olhos e mais robusto que seus companheiros |
À primeira vista, poderíamos pensar que Daniel meramente omitiu alguns detalhes em Daniel 7:7-9, acrescentando-os em seguida quando perguntou para o anjo em Daniel 7:19-20. Por outro lado, segundo o Rabino Shmuel Masnuth: “parece que depois da visão inicial certos detalhes mudaram. A besta cresceu mais pavorosa e suas unhas mudaram para bronze”[3]. Na visão de Shmuel Masnuth, Daniel está relatando outro momento em que viu a besta, quando então conseguiu notar as unhas de bronze e os outros detalhes, o que nos sinaliza que a besta realmente passou por uma ‘mutação’. Ora, isso nos lembra o exposto em Daniel 7:1: o relato contém apenas a ‘suma de todas as coisas’ (v.1), o que realmente nos dá azo a concluir que Daniel viu a besta mais de uma vez, e, em uma delas, foi possível notar as ‘unhas de bronze’, a maximização de seu horror (‘muito terrível’) e a força do chifre pequeno, que, no momento anterior, parecia inferior aos demais, mas agora reaparece como o mais forte de todos os chifres. Pelo exposto, trabalharemos com a hipótese de que Daniel viu a besta ao menos duas vezes: a primeira descrita em Daniel 7:7-9 e a segunda, em Daniel 7:19-20.
Em seguida, no verso 21, Daniel relata que o chifre pequeno fazia guerra contra os santos. Essa informação também não constava nos v.7-9, sendo, portanto, mais uma característica adicional após a sua ‘mutação’. Por ora, portanto, teríamos já postos os três ciclos de visões. Por que o termo ‘ciclo’? A razão é simples: não sabemos realmente quantas visões Daniel teve; por exemplo, ele pode, em tese, ter visto o leão com asas duas ou três vezes, mas o fato é que ele nos relatou como se o tivesse visto apenas uma única vez em conjunto com o urso e o leopardo, afinal o que chegou a nós foi apenas a ‘suma’ de diversas visões. Então, é preferível que usemos a expressão ‘ciclo de visões’. Vejamos cada uma delas em tabela:
Seções do capítulo 7 | Trecho | Descrição |
Seção I (primeiro ciclo de visões) | Dn. 7:2-6 | Relato de três feras (v.4-6). A expressão ‘depois disto’ (v.7) indica que a o relato seguinte faz parte de uma nova seção do texto. |
Seção II (segundo ciclo de visão/ primeiro ciclo de visão da besta) | Dn. 7:7-14 | Primeira visão da besta: terrível, mas não muito; sem unhas de bronze e o chifre pequeno não era robusto. |
Seção III (terceiro ciclo de visão/ segundo ciclo de visão da besta) | Dn. 7:19-20 | Segunda visão da besta: muito terrível, unhas de bronze e chifre pequeno mais robusto que os demais. |
Uma vez que já estabelecemos a divisão da visão de Daniel 7 em três seções distintas, passaremos para a segunda etapa: identificar as subseções das duas visões da besta, que chamaremos, doravante, de ‘primeiro ciclo da besta’ (Dn. 7:7-9) e ‘segundo ciclo da besta’ (Dn. 7:19-20). Qual a relevância disso? Seguindo o mesmo paralelismo da estátua de Nabucodonosor, consideraremos que cada subetapa representa momentos históricos distintos e, dessa forma, conseguiremos esboçar o fluxo de ações do quarto reino até o tempo do fim. Para identificar cada etapa nos valeremos dos marcadores temporais do próprio texto de Daniel, a exemplo de ‘estando eu a observar’ (v. 8) ou ‘continuei olhando’ (v. 9)[4]. O primeiro ciclo da besta contém três subseções. Vejamos em forma de tabela para ficar mais didático:
Subseções do primeiro ciclo da besta (Dn. 7:7-14) | ||
Subseções do primeiro ciclo de visões da besta | Referência e marcadores de subseção | Eventos |
1.1 | Começa em: ‘depois disto’ (Dn. 7:7) | A besta devorava, fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobejava. Tinha 10 chifres. |
Termina em: ‘estando eu a observar’ (Dn. 7:8) | ||
1.2 | Começa em: ‘estando eu a observar’ (Dn. 7:8) | Ascensão do chifre pequeno, queda (humilhação) de 3 chifres, boca que falava com insolência |
Termina em: ‘continuei olhando’ (Dn. 7:9) | ||
1.3 | Começa em: ‘continuei olhando’ (Dn. 7:9) | Juízo final e reinado messiânico |
Termina em: ‘Quanto a mim’ (Dn. 7:15) |
A divisão em subseções do segundo ciclo da besta é mais delicada, pois o resumo de Daniel é ainda mais espremido, não tem marcadores temporais como houve no ciclo anterior e está num contexto de diálogo com o anjo. E ainda há mais um agravante: devemos ter o cuidado de selecionar apenas aquilo que realmente há de diferente na descrição. Isso significa que o trecho acerca da queda dos três chifres, que já ocorreu no primeiro ciclo, deve ser ignorado, pois é uma mera repetição dos eventos descritos em Daniel 7:7-9, sobre os quais Daniel também pede esclarecimento ao anjo. Além disso, considerando que o segundo ciclo de visões da besta representa um momento histórico posterior de sua atuação, Daniel a viu tão somente com os sete chifres, já que três deles já haviam caído quando ele a viu pela primeira vez (v.7-9).
Falta verificarmos ainda a repetição do ato de devorar, fazer em pedaços e pisar aos pés o que sobejava. Isso faz parte dos dois ciclos ou é apenas uma alusão ao que viu no primeiro ciclo? Uma vez que a besta reaparece com um aspecto muito terrível (ao invés de apenas terrível) e ainda tem o adicional das unhas de bronze (o que pode sinalizar uma ampliação do seu poder bélico), podemos inferir que ela não apenas devastou novamente diversos povos, como também essas características diferenciais nos sugerem que o segundo round da destruição foi ainda mais devastador que o primeiro.
Por fim, a alusão repetida ao chifre pequeno com o acréscimo de que é mais robusto faz-nos pensar que se trata do segundo ciclo de visões da besta. No entanto, o fato de Daniel tê-lo mencionado no contexto do episódio da queda de três chifres aponta-nos também para o primeiro ciclo, pois foi quando esse evento ocorreu. Isso se confirma também pelo uso da expressão traduzida como “eu olhava” ou “enquanto eu olhava”, ou seja, quando a vi pela primeira vez (v. 21)[5]. Nada impede, portanto, que trabalhemos com a hipótese de que ele esteja se referindo aos dois ciclos ao se reportar ao chifre pequeno, ou seja, ele questiona o anjo acerca da queda de três chifres, bem como sobre o chifre pequeno em geral (na sua versão simples e seu reaparecimento mais robusto). Vejamos as duas subseções do segundo ciclo da besta:
Subseções do segundo ciclo da besta (Dn. 7:19-20) | ||
Subseções do segundo ciclo de visões da besta | Passagem | Eventos |
2.1 | Então, tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros, muito terrível, cujos dentes eram de ferro, cujas unhas eram de bronze, que devorava, fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobejava (Dn. 7:19) | Segundo round de devastações ainda mais terríveis |
2.2 | daquele chifre que tinha olhos e uma boca que falava com insolência e parecia mais robusto do que os seus companheiros (Dn.7:20) | Ascensão do chifre pequeno que parecia mais robusto que os outros sete chifres |
Agora vamos fazer um paralelo entre a pergunta de Daniel e a resposta do anjo. Daniel solicitou ao anjo, nos versos 19-20, mais informações acerca da (1) besta do segundo ciclo, (2) o evento da queda dos três chifres no primeiro ciclo, (3) e do chifre pequeno que apareceu nos dois ciclos, (4) sobre o Ancião de Dias e a possessão do reino pelos santos. Quando da sua resposta, o anjo seguiu perfeitamente a ordem dos questionamentos feitos por Daniel. Vejamos numa tabela:
Seções associadas[6] | Tema da pergunta | Explicação do anjo |
2.1 | (1) Besta do segundo ciclo | O quarto animal será um quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços. (Dn. 7:23) |
1.1 | (2) Queda dos três chifres | Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo reino; e, depois deles, se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. (Dn. 7:24) |
1.2 e 2.2 | (3) chifre pequeno dos dois ciclos de visões da besta | Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo (Dn. 7:25) |
1.3 | (4) Ancião de Dias e a possessão do reino pelos santos | Mas, depois, se assentará o tribunal para lhe tirar o domínio, para o destruir e o consumir até ao fim.27 O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão. (Dn. 7:26-28) |
Como podemos observar na tabela acima, a resposta do anjo foi restrita e na mesma ordem das perguntas feitas por Daniel. Apenas a resposta ao terceiro questionamento merece uma análise mais detida, por envolver a ação do chifre pequeno nos dois ciclos de visão, o que torna o entendimento mais confuso. Segundo o anjo, o chifre pequeno haveria de magoar os santos do Altíssimo, cuidar em mudar os tempos e a lei e sua ação estaria delimitada por um tempo, tempos e metade de um tempo (Dn. 7:25). Por outro lado, o que Daniel viu não foi o chifre pequeno ‘magoando’ os santos, que tem o sentido de uma pressão mental[7], mas sim ‘fazer guerra’ (Dn. 7:21), sinalizando-nos uma ação mais violenta, ou mesmo de extermínio do povo santo, típico de um chifre mais robusto. Isso nos indica que o ato de ‘fazer guerra’ (visto por Daniel) está mais associado ao segundo ciclo, ao passo que ‘magoar os santos’ (resposta do anjo) corresponderia mais especificamente ao primeiro.
Outra questão é o período de atuação: ‘tempo, tempos e metade de um tempo’ (Dn. 7:25). Esse lapso temporal aparece novamente em Daniel 12:7, onde é associado claramente a um evento escatológico, portanto, vinculado à segunda fase da besta. Por outro lado, considerando que a resposta vale para a ação do chifre pequeno nos dois ciclos, podemos também trabalhar com a hipótese de que existe um ‘jogo de números’ com múltiplos sentidos de forma que tenha um significado temporal preciso para as duas fases de atuação da besta.
A interpretação sugerida é que o ‘tempo, tempos e metade de um tempo’ se referem a três anos e meio, pois a palavra original, idan (aramaico), significa também ‘ano’ e, de acordo com comentadores modernos, o sentido seria ‘um ano, dois anos e metade de um ano’[8], portanto, três anos e meio. Além disso, essa mesma palavra aparece com o sentido de anos em Daniel 4:16,23,25.
Então, o jogo de números em relação ao ‘tempo, tempos e metade de um tempo’ estaria na conversão de três anos e meio em dias, o que nos daria 1.260 dias ou anos proféticos ou 42 meses, considerando o calendário judaico de doze ciclos lunares. Esse jogo, na verdade, se deve a uma intertextualidade com o livro de Apocalipse. Então, vejamos o que consta em Apocalipse referente ao período de atuação da besta: 1.260 dias (Ap.11:3 e 12:6) e 42 meses (Ap.11:2, 13:5). Além disso, um paralelo entre Apocalipse 12 e o livro de Daniel mostra-nos que é perfeitamente correspondente à ideia de que há dois tempos determinados em Daniel 7:25: 1.260 anos proféticos de perseguição do chifre pequeno, em sua primeira fase de atuação, com o objetivo de magoar os santos (Dn. 7:25); e três anos e meio em que o chifre pequeno fará guerra aos santos (Dn. 7:21) no período escatológico.
Agora é o momento de juntarmos todas as informações trabalhadas e passarmos ao último objetivo desse artigo: reconstruir o percurso evolutivo da besta, na ordem cronológica, ao invés de seguirmos a ordem da exposição de Daniel. As fases mencionadas abaixo são as seções das tabelas ‘Subseções do primeiro ciclo da besta (Dn. 7:7-14)’ e ‘Subseções do segundo ciclo da besta (Dn. 7:19-20)’. Podemos, enfim, resumir a ação da besta em cinco etapas:
1a etapa: a besta aparece de forma “terrível, espantoso e sobremodo forte” (Dn. 7:7) avançando contra diferentes povos (visão do primeiro ciclo, fase 1.1);
2 a etapa: perde três chifres, dando azo à ascensão de um chifre pequeno que fala insolências, possuindo boca e olhos e atuando enfaticamente para magoar os santos por 1.260 anos (visão do primeiro ciclo, fase 1.2);
3 a: etapa: a besta reaparece de forma muito terrível, com unhas de bronze, apenas sete chifres e realiza novamente outra devastação, mas, dessa vez, com maior ferocidade e atingindo toda a terra (visão do segundo ciclo, fase 2.1);
4 a : etapa: aparece novamente o chifre pequeno, mas dessa vez mais robusto que os outros sete chifres, com as mesmas características, ou seja, com boca e olhos, fazendo guerra (ao invés de magoar) contra os santos por três anos e meio (visão do segundo ciclo, fase 2.2);
5 a etapa: aparece o juízo de Deus, com a vitória dos santos (visão do primeiro ciclo, fase 1.3).
Pode parecer estranho que a última fase (juízo e governo messiânico) esteja contida no primeiro ciclo de visão da besta. No entanto, a ideia aqui é colocar uma ordem cronológica nos eventos – e não nas visões. Considerando que o governo messiânico vem depois do quarto reino, então, mesmo que Daniel tenha visto o evento do juízo divino no primeiro ciclo de visões, devemos realocá-lo após a segunda fase de atuação da besta – afinal, o relato da visão de Daniel 7:9-14 nos sugere que o juízo em questão foi definitivo (ou seja, sobre a última fase de atuação da besta) e não uma condenação provisória.
[1] SCHERMAN, Rabbi Nosson; ZLOTOWITZ, Rabbi Meir (ed.). Daniel: a new translation with a commentary anthologized from talmudic, midrashic and rabbinic sources. 2. ed. New York: Artscroll, 2019 (Artscroll Tanach Series), p.193.
[2] SCHERMAN, Rabbi Nosson; ZLOTOWITZ, Rabbi Meir (ed.). Daniel: a new translation with a commentary anthologized from talmudic, midrashic and rabbinic sources. 2. ed. New York: Artscroll, 2019 (Artscroll Tanach Series), p.199.
[3] “It seems that after the initial vision certain details changed. The beast grew more awesome and its nails were changed to copper”. In: SCHERMAN, Rabbi Nosson; ZLOTOWITZ, Rabbi Meir (ed.). Daniel: a new translation with a commentary anthologized from talmudic, midrashic and rabbinic sources. 2. ed. New York: Artscroll, 2019 (Artscroll Tanach Series), p. 210.
[4] Nesse sentido, o Da’ath Sofrim confirma nosso raciocínio ao afirmar que as expressões ‘enquanto eu olhava’ e ‘eu continuei olhando’ marcam uma visão separada, o que nos sinaliza também ‘momentos distintos’. Cf. RABINOWITZ, Rabbi Chaim Dov. DA’ATH SOFRIM: Commentary to the Books of Daniel Ezra Nehemiah. New York: Moznaim, 2003, p.111-112.
[5] Comentário de Rashi. In: SCHERMAN, Rabbi Nosson; ZLOTOWITZ, Rabbi Meir (ed.). Daniel: a new translation with a commentary anthologized from talmudic, midrashic and rabbinic sources. 2. ed. New York: Artscroll, 2019 (Artscroll Tanach Series), p. 210.
[6] Os números das seções seguem as duas tabelas apresentadas anteriormente: ‘Subseções do primeiro ciclo da besta (Dn. 7:7-14)’ e ‘Subseções do segundo ciclo da besta (Dn. 7:19-20).
[7] Referência Strong H1080. BÍBLIA ALMEIDA REVISTA E ATUALIZADA, COM NÚMEROS DE STRONG. Sociedade Bíblica do Brasil, 2003.
[8] SLOTKI, Dr. Judah J. Daniel, Ezra, Nehemiah. London: Soncino Press, 1978. (The Soncino Books of the Bible), p. 63.